ATA DA SÉTIMA SESSÃO
EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA,
EM 11-6-2014.
Aos onze dias do mês de junho do
ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e
cinco minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Alceu
Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Elizandro
Sabino, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos
Nedel, João Derly, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista,
Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota e Tarciso Flecha Negra.
Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Any
Ortiz, Delegado Cleiton, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Paulo Brum, Sofia
Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Engº Comassetto,
Sofia Cavedon, Clàudio Janta, João Derly, Reginaldo Pujol e Alceu Brasinha. Às dez horas e vinte e sete minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi aprovado
Requerimento de autoria da vereadora Lourdes Sprenger, solicitando Licença para
Tratar de Interesses Particulares no dia treze de junho do corrente. A seguir,
foram aprovados Requerimentos verbais formulados pelos vereadores João Carlos
Nedel e Reginaldo Pujol, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante da Ordem do Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
051/14 (Processo nº 1214/14). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os
Projetos de Lei do Legislativo nos 253 e 376/13 e os Projetos de
Resolução nos 063 e 052/13 (Processos nos 2177, 3389,
3551 e 3111/13, respectivamente). Em continuidade, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Engº Comassetto, solicitando a retirada do
Projeto de Lei do Legislativo nº 189/13 (Processo nº 1828/13) da matéria
priorizada para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Votação, foi aprovada a
Indicação nº 027/14 (Processo nº 1077/14), após ser encaminhada à votação pelos
vereadores Clàudio Janta e Bernardino Vendruscolo. Em prosseguimento, foram
aprovados Requerimentos verbais formulados pela vereadora Sofia Cavedon e pelos
vereadores Márcio Bins Ely e Reginaldo Pujol, solicitando a retirada,
respectivamente, do Requerimento nº 038/14 e dos Projetos de Lei do Legislativo
nos 274 e 022/13 (Processos nos 0884/14, 2424 e 0528/13,
respectivamente) da matéria priorizada para a Ordem do Dia da presente Sessão.
Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Márcio Bins Ely,
solicitando o adiamento, por uma Sessão, da Renovação de Votação da Emenda nº
01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 006/14 (Processo nº 0149/14), por
treze votos SIM, cinco votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada
pelo vereador Clàudio Janta, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha, Any Ortiz, Bernardino
Vendruscolo, Cassio Trogildo, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol e Waldir Canal, votado Não os vereadores Clàudio Janta, Engº
Comassetto, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger e Valter Nagelstein e optado pela
Abstenção o vereador Marcelo Sgarbossa. Em Votação, esteve o Requerimento nº 046/14 (Processo nº 1128/14), o
qual, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Marcelo Sgarbossa,
Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha, Idenir Cecchim, Valter Nagelstein, Any Ortiz,
Marcelo Sgarbossa e Engº Comassetto, teve suspensa sua apreciação, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Na oportunidade, o vereador Elizandro
Sabino formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Às onze horas e quarenta e
três minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação
solicitada pelo vereador Marcelo Sgarbossa, o Presidente declarou encerrada a
Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 061, 101, 103, 107, 108, 114,
115, 119, 048 e 052/14, os dois últimos discutidos pelo vereador Márcio Bins
Ely, 098/14, discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, e 110/14, discutido pelos
vereadores Engº Comassetto, Clàudio Janta e Bernardino Vendruscolo, o Projeto
de Resolução nº 018/14; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
105 e 121/14, este discutido pelo vereador Márcio Bins Ely, o Projeto de
Resolução nº 017/14. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Kevin
Krieger. Durante a Sessão, os vereadores Bernardino Vendruscolo, João Carlos
Nedel, Reginaldo Pujol, Jussara Cony, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein, Clàudio
Janta, Lourdes Sprenger, Márcio Bins Ely e Waldir Canal manifestaram-se acerca
de assuntos diversos. Às doze horas e dezesseis minutos, o Presidente declarou
encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a Sessão Ordinária de hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos vereadores Professor Garcia, Mauro Pinheiro e Delegado Cleiton e
secretariados pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a
presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º
Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, senhoras, senhores, em nome da
Bancada do PT, no dia que precede a abertura do jogos da Copa do Mundo,
desejamos a todos os povos, a todas as civilizações que vêm ao Brasil, que
estarão em Porto Alegre, terão de nós, brasileiros, uma recepção da nossa
cultura, da diversidade, da criatividade e da paz. Sejam todos bem-vindos!
Eu quero trazer aqui aos
colegas Vereadores um tema que é palpitante e convidar a todos para que
auxiliem, para que entrem no debate sobre o tema do transporte público da
cidade de Porto Alegre. A nossa Bancada se debruçou sobre esse tema, desde o
ano passado, e produziu um projeto de lei que está à disposição deste plenário
para ser votado, propondo um conjunto de ajustes no tema do transporte público.
A nossa Bancada produziu um documento com um conjunto de sugestões e o
entregou, oficialmente, ao Prefeito José Fortunati, sugerindo um conjunto de
itens que deveriam ser contemplados no edital – itens que nós sugerimos e
outros pontos apontados pelo Tribunal de Contas do Estado. Assim que saiu o
edital, nós passamos a fazer uma análise profunda e detalhada deste e
constatamos que existia um conjunto de itens insuficientes. Fizemos um
documento, protocolamos na Prefeitura, pedindo para que esses itens fossem
adequados no edital. Não obtivemos a resposta no tempo hábil, ingressamos no
Tribunal de Contas do Estado, pedindo que fizesse a análise desses pontos; e
tivemos, por parte do Tribunal de Contas, o acolhimento e uma decisão de uma
cautelar, suspendendo, naquele momento, a abertura do edital de licitação de
Porto Alegre.
Quero dizer que o nosso
trabalho – da Bancada e do Partido dos Trabalhadores – neste tema, arrolou
alguns pontos. E eu quero trazer aqui, aos colegas Vereadores, os principais
pontos que deveriam ser corrigidos no edital para que esse seja um processo
licitatório traga para Porto Alegre a tranquilidade, a qualidade no serviço de
transporte público e, também, o controle da sociedade e da gestão pública.
O primeiro ponto é este:
a gestão do sistema de transporte de passageiros de Porto Alegre tem que estar
sob o controle público. A gestão tem que ser de controle público. A gestão tem
que ser de controle público, tem que ser da EPTC, principalmente em relação à
bilhetagem eletrônica, como já disse o Tribunal de Contas. Do nosso ponto de vista,
isso não estava contemplado.
O segundo ponto é que
nós inauguraremos, em breve, um novo modal de transporte público que se chama
BRT. O BRT está recebendo investimentos públicos na ordem de R$ 650 milhões.
Será um sistema com corredores de ônibus, com ônibus maiores, terá toda uma
infraestrutura e um equipamento; serão maiores, mais rápidos, mais eficientes.
E o edital não diz de que maneira os BRTs serão geridos, simplesmente repassa
os BRTs para os ganhadores da licitação. Bom, não pode ser dessa maneira. A Lei
nº 12.587, a Lei da Mobilidade Urbana, regulamenta que, no edital, o plano para
o retorno da mobilidade urbana de Porto Alegre, onde tem que ter novas linhas,
como será feita a fiscalização e quais os indicadores para medir a qualidade do
transporte público. E isso não veio no edital. O próprio edital, Ver. Brasinha,
dizia que as empresas teriam que ter já 50% da sua frota, bem como um conjunto
de atestados. Nós estamos aguardando que, até o dia de amanhã, a Prefeitura
Municipal responda esses itens, que consideramos que são importantíssimos para
a Cidade. Então, a postura do Partido dos Trabalhadores é de que saia a
licitação, sim, mas que as regras sejam bem claras, bem entendidas e bem
debatidas por todos, porque quem tem que ganhar com o transporte público é a
Cidade.
Quero trazer esse tema
aos colegas Vereadores, os documentos que fizemos estão à disposição, para que
possamos dialogar, auxiliar o Executivo Municipal principalmente num outro
tema. O transporte metropolitano e o transporte de Porto Alegre devem estar
integrados, e o edital não tratava a integração de Porto Alegre no tema
metropolitano. É nós não podemos perder esta oportunidade. Portanto, quero
trazer aqui a posição do Partido dos Trabalhadores, que tem contribuído com o
debate, continuaremos contribuindo, porque entendemos que esses temas são temas
da cidade de Porto Alegre, queremos uma licitação, mas uma licitação que venha
para melhorar, para qualificar e democratizar o transporte público da cidade de
Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Muito obrigado, Vereador. A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, desejo sorte e luz, hoje, na Federasul. Acho
que é importante fazermos uma reflexão neste momento delicado e decisivo da
greve dos municipários. Todos estão vendo que a categoria está mobilizada de um
jeito diferente de outros momentos, está com muita unidade, solidariedade entre
as diferentes secretarias, está com uma vontade muito grande de mudar, em
especial, a forma de gestão de pessoal na Prefeitura. O tema do assédio moral,
da perseguição, da gestão sem garantir profissionais, tranquilidade, condições
de trabalho tem aparecido muito e não tenho dúvida de que é o pano de fundo
muito forte da mobilização. As opções que a Prefeitura, até agora, apresentou
na negociação, acabaram fazendo com que a categoria se unisse e assumisse a
greve, que foi o que aconteceu no DMAE. Requisitaram a Guarda, a Brigada,
requisitaram pela Justiça o desbloqueio dos piquetes e isso fez com que os
colegas municipários assumissem a greve, já com prejuízos importantes no
abastecimento de água, assim como foi com o tema do lixo. E não eram apenas os
funcionários do DMLU, eram juntos os professores, o pessoal da SMAM; o 156 da
Governança está muito incomodado com a forma da gestão.
Queria dizer que nós já tentamos em todos
os momentos de negociação que tivemos deixar muito claro para a Prefeitura, em
especial, para o Vice-Prefeito Sebastião Melo, que tem sentado conosco, que é
preciso mudar a forma de gestão de pessoal na cidade de Porto Alegre. E não é
só uma questão de cuidado com o assédio, é uma questão de gestões menos
autoritárias. Vou ser muito clara, as várias secretarias e os vários
secretários, em especial, o Secretário da Saúde, o da Educação e o Diretor do
DMAE são os apontados como os que não têm uma gestão para buscar parceria,
respeitosa e não persecutória. Acho que esse pano de fundo é importante.
As outras duas grandes reivindicações são
históricas: o plano de carreira e o
atendimento em saúde, que me parece que têm acordo. Agora, eu quero aqui
agradecer a presença de Vereadores, para além dos Vereadores tradicionalmente
envolvidos com o sindicalismo municipal - eu sou municipária, e por isso não
estou afastada dessa luta. Mas eu acho que ontem, Ver. Airto, Ver. Janta, Ver
Mario Fraga, procuramos fazer com que o Governo fizesse a sua parte, cedesse às
últimas questões, e, principalmente - e vou insistir nisso, porque isso é uma
questão de desbloqueio fundamental para um acordo, para sair do impasse -,
aceitasse a possibilidade de compensar o trabalho não realizado. Vou falar bem
assim: compensar o trabalho não realizado. Nós precisamos do trabalho da
educação, dos educadores, esses sete, oito dias precisam ser repostos, seja na
educação infantil, onde estão sendo pagas horas extras para poder manter as
crianças atendidas, seja no ensino fundamental.
Nós precisamos do
trabalho do DMAE, que vai ter que recuperar o serviço não feito; nós precisamos
do trabalho da SMAM; da Governança. Então, não faz nenhum sentido, além de
humilhar a categoria, além de a categoria entender de novo como uma
perseguição, a Prefeitura querer descontar os dias parados, pura e
simplesmente. A Prefeitura e a Cidade precisam desses serviços. Os municipários
não estão pedindo abono, pura e simplesmente, querem recuperar o trabalho não
realizado. E nós estamos no limiar de uma solução. Eu tenho certeza que se
houver alguma sinalização - no vale, algum percentual real, ou essa negociação
dos dias parados -, hoje, termina a greve dos municipários. E a nossa
esperança, o nosso desejo e a nossa energia estão voltados para a solução desse
problema no dia de hoje. Tem reunião às 11h, e a gente espera que o Município
venha muito sensível, porque os municipários ficaram contentes com as notícias,
ontem, do desbloqueio, e estão com assembleia geral, hoje, às 14h.
Então, todo o esforço
desta Câmara, hoje, Vereador-Presidente, todo o esforço do Prefeito é para
resolver esta crise. Quem sabe, a Cidade entra pacificada no período da Copa,
com outras condições de diálogo com os municipários, tão importantes para que a
nossa Cidade tenha qualidade de vida. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, público que nos assisti pela
TVCâmara, estamos aqui fazendo uma Sessão Extraordinária em função de um
decreto que diz que, nos dias dos jogos em Porto Alegre e dos jogos da seleção
do Brasil, será ponto facultativo em Porto Alegre. Como esta Casa não terá
Sessões, estamos compensando. Gostaríamos que toda a população de Porto Alegre
também pudesse fazer feriado no dia dos três jogos, que serão em dias de semana
na nossa Cidade: duas quartas-feiras e uma segunda-feira. Os trabalhadores de
Porto Alegre, no todo, poderiam aproveitar os feriados, já que o Decreto-Lei nº
12.663, da Lei Especial da Copa, assinado pela Presidente Dilma, no seu
parágrafo único, diz que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que
sediarão os eventos da Copa, poderão declarar feriado ou ponto facultativo nos
dias de jogos. Sabemos que no setor privado não existe ponto facultativo e nós
continuamos insistindo nisso; estamos em vários pontos da Cidade planfeteando e
conscientizando a população sobre isso.
Subo a esta tribuna para
falar sobre as negociações dos municipários. Eu acho que está havendo avanços.
A categoria avançou quando propôs ao Executivo a compensação dos dias parados.
Com os trabalhadores da iniciativa privada é diferente, porque, quando fazem
uma greve, perdem o dia de trabalho se não compensarem esse dia; ou se esses
dias forem computados como dias úteis, eles perdem o fim de semana. Conforme os
números de dias da greve, Ver. Pujol, eles perdem até nas férias. Então, quando
se inicia uma negociação de greve geralmente se começa, além das
reivindicações, negociando os dias parados para que os trabalhadores não tenham
esse prejuízo. Os municipários perdem muito mais do que isso, eles perdem
promoções, perdem função gratificada, perdem uma série de coisas em suas
carreiras se esses dias não forem computados. O único problema, é que a
proposta do Executivo é que façamos uma lei, que tragamos esse problema para
esta Casa. Nós temos certeza de que nenhuma lei pode ser retroativa, e temos
convicção que o Executivo poderia fazer a compensação de horas desses
municipários, o que, com certeza, pouparia dinheiro dos cofres públicos, porque
a compensação será feita de tudo aquilo que está atrasado, principalmente a
coleta de lixo do DMAE, sem onerar o Município com horas extras.
Não adianta o Poder
Executivo, e isso foi mostrado a todos, comprometer o que não vai poder honrar.
E o Poder Executivo avançou na questão dos salários – ontem nos foram mostrados
esses números –, e pode avançar na questão do vale-alimentação, que não entra
para nada, os aposentados do Município não usam, quem está afastado não usa.
Então esperamos que hoje de manhã, às 11h, na reunião entre Executivo e o
comando de greve, apesar de o Vice-Prefeito ter dado entrevistas já hoje
dizendo que a compensação era impossível, que o Executivo se sensibilize e faça
a compensação de horas para os trabalhadores municipais de Porto Alegre, que
têm um regime diferenciado. Isso acarretará com que essa greve termine e a
Cidade volte a sua normalidade para que a coleta de lixo, a ligação de água, as
escolas, as creches, os postos de saúde voltem a funcionar. Com força e fé,
temos certeza que isso vai melhorar a vida dos trabalhadores desta Cidade e do
Brasil. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. O Ver. João Derly está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO DERLY: Bom
dia, Sr. Presidente, demais Vereadores, estamos a um dia do início da Copa do
Mundo. Saúdo a todos os visitantes que chegam a nossa Cidade para esse evento
de enorme magnitude, que é a Copa do Mundo. Venho falar sobre a importância da
Copa para a nossa Cidade, para o nosso País, iniciando pelos investimentos que
têm acontecido aqui, que têm desenvolvido áreas importantes como a de serviços.
Nós temos o Pronatec, que formou milhares de pessoas no nosso País, eu sei do
dado de 10 mil pessoas formadas no Pronatec Turismo, um número grande de
pessoas beneficiadas com esse sistema. Há também os investimentos na questão de
mobilidade, apesar de que, na nossa Cidade, enfrentamos um problema de que
poucas obras ficarão concluídas para o período da Copa, mas elas serão
concluídas, e esse legado ficará para Porto Alegre. Isso é benefício e também
legado na questão de investimentos. E manifestações contra a Copa do Mundo
existiram em outros países como, por exemplo, na África do Sul, na própria
Alemanha, mas é benéfico porque é importante a população estar ciente da
necessidade de investimento em Educação, em Saúde. E este Governo foi o que
mais investiu nos últimos tempos em Educação, nós podemos ver 5,6% do PIB
aplicados nessa área, podendo chegar agora, talvez, em 10% do PIB. As
manifestações existem, são importantes, devem acontecer e ser permanentes, para
quê? Para que a gente possa ter desenvolvimento nessas áreas, para que os recursos
sejam aplicados e para fazer boa gestão. Então essa tem que ser uma batalha
travada cotidianamente por toda a população. Mas uma coisa muito importante,
com a vinda da Copa do Mundo para a nossa Cidade, que não é muito comentada, é
o intangível, o fortalecimento da cultura esportiva. Com a Copa do Mundo neste
ano e com as Olimpíadas em 2016, teremos investimentos para a área esportiva.
Eu mesmo participei, em 2007, com os atletas para que a gente pudesse aumentar
o orçamento do esporte que, na época, era 0,3% - nós queríamos que chegasse a
1%, mas chegou em torno de 0,7%. A Copa do Mundo deixará muitos legados, serão
construídos quase 300 ginásios no nosso País, para que vinte e tantas
modalidades sejam praticadas e desenvolvidas nesses ginásios, e a nossa Cidade
foi contemplada com dois ginásios, um na Restinga e o outro no Rubem Berta.
Agora, estamos acompanhando, juntamente com a Secretaria de Esportes, para que
seja concluído todo o processo, para que se iniciem as obras o mais rápido
possível. E esse fortalecimento do intangível, daquilo que a gente não consegue
mensurar, para que fiquem políticas esportivas reais, que sejam aplicadas em
nosso País, na nossa Cidade, nos nossos Estados, e que essas políticas cheguem
à ponta, cheguem nas crianças, cheguem nas pessoas que têm a necessidade e o
desejo de praticar. Sabendo que o esporte é agregador à educação, ferramenta de
educação, porque quando nós falamos de educação integral, passa pela educação
do corpo e o esporte proporciona isso.
Então, a vinda da Copa
do Mundo é saudada por nós, pela Bancada do PCdoB, pela Ver.ª Jussara Cony e
por mim, para que possamos receber bem todos os visitantes, todos os turistas
para que possamos aproveitar e tirar o melhor desta Copa do Mundo na nossa
Cidade. Então, boa Copa do Mundo! E que nós sejamos vencedores não só dentro do
campo, mas também fora do campo. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, nós tínhamos combinado que ingressaríamos
diretamente na Ordem do Dia nesta Sessão Extraordinária que a Casa convocou
para ser realizada na manhã de hoje. Convocação feita para as 9h30min, horário
no qual estávamos aqui presentes, e que somente logrou ter número suficiente às
9h45min, numa segunda tentativa de instalação desta Sessão Extraordinária.
A combinação era
ingressar diretamente na Ordem do Dia, o que não ocorreu. Os assuntos que foram
trazidos à tribuna não ensejam, sob o risco de omissão, silêncio da nossa
parte. Primeiro, o pronunciamento a respeito do transporte coletivo de Porto
Alegre, das providências tomadas pelo Partido dos Trabalhadores junto ao
Tribunal de Contas do Estado visando correções no edital publicado pelo Governo
do Município, relativamente nas concessões do serviço do transporte coletivo,
retomam uma discussão que é muito forte e sobre a qual nós temos, muitas vezes
contrariando o Governo do qual nós tomamos parte, insistido em proclamar de
que, em qualquer discussão a respeito do transporte público no Município de
Porto Alegre que não seja precedido de uma ampla discussão a respeito da forma
de financiar esse transporte público, estabelecendo com clareza quem paga e
quem deixa de pagar, os usuários pagantes e não pagantes, qualquer discussão
que deixar à margem, que não priorizar esse debate é uma discussão inócua
destinada a não equacionar o problema e, sim, agravá-lo.
Acho que essa forma
cruel com que hoje se financia o transporte da Cidade, em que o pobre, não
raro, financia e paga por pessoas que têm muito melhores condições financeiras
do que ele para que essas possam ser isentas é um problema que nós temos que
encarar e pelo qual eu quero insistir: todos os Governos, inclusive, o Governo
que eu apoio tem fugido de discutir com a profundidade devida. Ora, com toda a
frequência, nos mais diversos níveis da administração brasileira, da Câmara de
Vereadores à Câmara de Deputados e ao Senado Federal, votam-se e estabelecem-se
isenções, as mais diversas, muitas das quais justificadas, socialmente
justificadas, mas sem que nunca se indique quem vai fazer, da onde vai trazer a
cobertura financeira para essas circunstâncias. Isso gera esse chamado subsídio
cruzado que é uma forma cruel, injusta, pecaminosa até de se enfrentar o
problema.
Por isso, eu quero dizer
que eu não discuto de modo algum as estratégias que qualquer partido político
aqui possa assumir com relação a esse problema, mas insisto que não discutir,
não debater, não aprofundar a análise a respeito dessa situação por mim
denunciada há muito tempo é uma forma de se contornar o problema e não de
enfrentá-lo. E eu acho que esse problema existente faz com que se tenha, por
coerência, a necessidade de se colocar a Casa como um todo e toda a
Administração Municipal, que supera essa omissão da tentativa permanente de
contornar essa situação. Não há nenhuma forma de se fazer licitação,
concorrência pública que não seja precedida de um esclarecimento objetivo,
claro e preciso sobre essa situação. Não podemos, Ver. Janta, ficar olhando
esse problema como se ele fosse mera situação acessória, quando ele é a base de
todo o problema. A passagem de ônibus de Porto Alegre custa mais do que deveria
custar, porque, ao ser cobrada dos 70% que pagam a passagem, está se cobrando o
valor do que é isento, de fato. Aliás, se nós olharmos bem, o próprio Governo,
que insiste em dizer que não tem como subsidiar as passagens de ônibus... e eu
acho que terá que encontrar uma forma de subsidiar. Porto Alegre é uma exceção
dentro do contexto brasileiro, e de certa forma já está subsidiando, pelo menos
aqueles que são transportados pela Carris são fortemente subsidiados. A Carris,
se não tivesse esse apoio mensal não teria condições...
Concluo, Sr. Presidente
o meu pronunciamento, mas não a conclamação para que o debate se realize, se
aprofunde, e que nós encaremos de fato as verdadeiras raízes desse programa e
não fiquemos apenas nas suas consequências. Muito obrigado Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol. O Ver. Alceu Brasinha está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, agradeço
ao meu Partido pelo tempo, meu colega Ver. Elizandro Sabino, Ver. Paulo Brum e
nosso Líder, Ver. Cassio Trogildo.
Ver. Professor Garcia, o
senhor está de parabéns hoje, 158 dias de Presidência, e ainda vai fazer essa
bela palestra hoje ao meio-dia lá na Federasul. Quero convidar todos os colegas
para estarem lá, acho que é obrigação de nós todos estarmos lá hoje,
prestigiando o nosso Presidente. Presidente, bom trabalho e que continue essa
simpatia de sempre!
Senhores, ontem eu fui
assistir à palestra do meu grande amigo Pedro Ernesto Denardin, que é um
verdadeiro palestrante. E, Ver. Villela, a palestra do Pedro Ernesto Denardin
lotou a sala do Plaza São Rafael. Foi disputadíssimo para nós chegarmos lá e
assistirmos a sua palestra. E eu, como gosto muito desse narrador, apresentador
e cantor também, fiquei muito satisfeito com a palestra do Pedro Ernesto, mas
não sabia que ele tinha todo esse talento. Já fui a palestras dele na Federação
Gaúcha de Futebol e em outros lugares, mas não tinha visto tantas pessoas, como
ontem, assistindo à palestra do Pedro Ernesto. Costumo dizer que gosto do
esporte e sou apaixonado pelo esporte, que o Pedro é um narrador que alegra a
gente narrando futebol. O Pedro é uma transmissão de alegria para o torcedor,
que torce pelo seu time, torce pelo Inter ou torce pelo Grêmio, narra e faz
muito bem o que ele sabe fazer. Então eu acho que perdemos muito em não termos
trazido o Pedro aqui para também dar uma palestra nesta Casa, porque eu acho
que o Pedro é o melhor narrador do Rio Grande, do Brasil, porque as pessoas não
enjoam do discurso dele, Ver. Nedel, porque ele sempre tem uma saída, sempre,
em algum momento, em que ele demonstra o seu talento. Então, quero desejar que
o Pedro Ernesto seja muito feliz na sua 10ª Copa e que transmita muita alegria
para o povo brasileiro, para ganharmos mais uma vez esta Copa do Mundo. Há dias
que estou em ritmo de Copa, porque sou apaixonado por futebol, gosto do futebol
bom e gosto de assistir. Vereador Paulo Brum, ontem estávamos falando com o proprietário
do Plaza São Rafael – já havia muitos turistas; já havia gente na Localiza
alugando carro - eram turistas. E o legado que ficará para esta cidade? Quando
uns diziam que aqui tem a base do concreto. E a base dos tranca ruas onde está?
Aqueles que gostam de ir contra todos os projetos, sempre têm as polêmicas, não
gostam que esta Cidade ande.
Vou muito feliz porque nosso Prefeito falou que ficaria pronto o viaduto ao lado do Internacional, e ficou. Foi e ficou. Muitos diziam que não ficava, que não ficava, que não ia ficar. Agora o viaduto da Av. Júlio de Castilhos também está ficando pronto. As pessoas que gostam de trancar as ruas, que gostam de falar, gostam de se aproveitar do momento, não querem que aconteça. Então, Ver. Cecchim, este Prefeito tem palavra, assim como o seu Vice. Quero dizer aos senhores que esta Copa seja uma verdadeira energia, dando muito lucro a esta Cidade. Teremos mais de 200 mil turistas na Cidade, e o pequeno comércio vai faturar.
Há sete anos todo mundo
comemorava a Copa, estava todo mundo fazendo festa porque a Copa vinha para cá.
Muita gente não está torcendo mais. Se o Brasil for campeão, quero vê-los na
rua festejando. Aí vão festejar. Então, que o Brasil seja campeão, e o trabalho
do nosso comandante da Copa, Felipão, que é o tradicional treinador e tem mais
força no futebol a Família Scolari. Que Deus abençoe a todos!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Brasinha.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às 10h27min): Havendo quórum, passamos à Ordem do Dia.
A Ver.ª Lourdes Sprenger
solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia 13 de junho. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem da priorização
de hoje, conforme segue: em primeiro lugar, o Requerimento nº 051/14 logo após,
o PLL nº 253/13, o PLL nº 376/13, o PR nº 063/13, o PR nº 052/13 e o PLL nº
189/13.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, nós não somos contra, mas precisamos entender
o porquê desse encaminhamento.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. João Carlos Nedel pode esclarecer.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL:
São votações rápidas, Requerimentos e homenagens, praticamente sem discussão e
que não exigem 24 votos ou maioria absoluta para aprovação.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, não ficaram bem claro quais são os Requerimentos.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): São os das páginas 8 e 9; essa foi a solicitação do Ver. João
Carlos Nedel.
O SR. REGINALDO PUJOL: E
por que não a Indicação, por exemplo, que está aqui, que aparentemente está
incluída? Só porque não está na página 9?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, na reunião de Mesa e Lideranças tinha ficado
acordado que os Requerimentos de homenagem e a inclusão no Calendário de
Eventos e Declarações de Utilidade Pública seriam votados à parte. Não entrou a
Indicação, mas se V. Exa. quiser indicar algum especificamente, pode fazê-lo.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. REGINALDO PUJOL: (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem da priorização
de votação, para que possamos, passar para a votação da Indicação nº 027/14, de
minha autoria, logo após os projetos objeto do Requerimento de autoria do Ver.
João Carlos Nedel. Após retornaremos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo Pujol.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 051/14 – (Proc. nº 1214/14 – Ver. Waldir Canal) – requer seja o período de
Comunicações do dia 3 de julho destinado a assinalar o transcurso do Dia dos
Bombeiros.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento nº 051/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2177/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 253/13, de autoria da Verª Luiza Neves, que declara de
utilidade pública a Ação Social da Aliança do Rio Grande do Sul – ASA/RS.
Pareceres:
- da CCJ.
Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Mario Fraga: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 14-04-14.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 253/13. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3389/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 376/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que denomina
Avenida Jorge Benjamin Eckert o logradouro público cadastrado conhecido como
Avenida 713 – Loteamento Parque Empresarial Condor –, localizado no Bairro São
João.
Parecer:
- da CCJ.
Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 04-06-14 por força do art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PLL nº 376/13. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3551/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 063/13, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede o
Diploma Honra ao Mérito à Massolin de Fiori Società Taliana.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver.
Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
do Projeto;
- da CECE. Relator Ver.
João Derly: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 16-04-14.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PR nº 063/13. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 3111/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 052/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que concede o
Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à Themis Assessoria Jurídica e Estudos
de Gênero.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver.
Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver.
João Derly: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 30-04-14.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em discussão o PR nº 052/13. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO, com
a abstenção do Ver. Clàudio Janta.
O Sr. Engº Comassetto (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLL nº 189/13 da
priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Engº
Comassetto. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND. Nº 027/14 – (Proc. nº 1077/14 – Ver. Reginaldo Pujol) – à Presidência da República, que sugere a inclusão das despesas efetuadas na aquisição de remédios de uso contínuo no tratamento de doenças para as quais sua utilização decorra de prescrição médica atestada por profissional devidamente habilitado no rol das deduções permitidas no cálculo do Imposto de Renda.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação a Indicação nº 027/14. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a
votação da Indicação nº 027/14.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não tinha como, Ver.
Reginaldo Pujol, apesar de entender que temos vários projetos para votar e
apreciar, deixar de comentar uma inveja franciscana desta sua Indicação. Há
muito a gente vem usando esta tribuna para falar sobre a questão tributária neste
País. Nós trabalhamos até o dia 31 de maio, agora, para pagar impostos. Então,
se uma pessoa ganhou no ano mil reais, Ver. Cecchim, esta pessoa deixou R$ 470
de impostos. Esse é o cálculo que é feito pelo DIEESE e outros Institutos. Nós
deixamos, este ano, para o Governo 47% de tudo que ganhamos em tributação. Um
trabalhador que ganha R$ 1.700 hoje, paga 7,5% de imposto de renda; um
trabalhador que ganha mais de R$ 2 mil paga 15% de imposto de renda. Muitas
coisas foram sendo tiradas da tabela de dedução do imposto de renda. Então,
esta Indicação do Ver. Reginaldo Pujol é de extrema importância, porque vem em
defesa do povo de Porto Alegre, vem em defesa das pessoas e, principalmente, em
defesa da vida dessas pessoas. A gente sabe que há remédios de uso contínuo que
as pessoas têm que tomar. Eu tenho um exemplo na minha casa. A minha mãe tem
esclerose múltipla e toma um remédio que custa R$ 2.500; conseguimos que este
remédio fosse dado a ela judicialmente. Há remédios que custam R$ 400, R$ 500,
R$ 600 e as pessoas não conseguem deduzir isso do imposto de renda. São
remédios de uso contínuo, como o ato de respirar, de beber água; as pessoas têm
que tomar esses remédios a vida inteira! Então, Ver. Reginaldo Pujol, eu quero
lhe dizer que o senhor foi muito feliz mesmo com essa proposição. O senhor faz
um grande ato em defesa do povo de Porto Alegre, em defesa das pessoas que têm
que tomar remédio continuamente e não podem abater o valor deles no imposto de
renda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
encaminhar a votação da Indicação nº 027/14.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Professor Garcia; Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores; Ver. Reginaldo Pujol, eu também venho a esta tribuna para
apoiar a sua Indicação e dizer, Vereador, na esteira da fala do Ver. Clàudio
Janta, que ainda que eu tenha um CGC há 30 anos - então as questões de impostos
eu conheço pouco, porque a vida me impôs essa condição, essa necessidade -, eu
até tenho dificuldade de defender esse discurso, esta fala de que nós pagamos
muitos impostos. O que eu tenho certeza é de que nós recebemos muito pouco em
troca dos impostos que nós pagamos, e, com certeza absoluta, o que falta para o
Brasil é a transparência da aplicação dos recursos públicos. Nós estamos vendo
técnicos do INSS se manifestando e mostrando que a Previdência é
autossuficiente; de outro lado, mostram um outro quadro: de que a Previdência é
deficitária. Então nós precisamos avançar nisso no Brasil. A população é,
efetivamente, quem paga os impostos; é preciso tomar conhecimento dessas
questões.
Agora, não há dúvida de
que, aqui no Município de Porto Alegre, nós precisamos tentar colaborar no
sentido de que nós possamos ter, o mais rápido possível, a nota fiscal
eletrônica. A nota fiscal eletrônica vai nos sinalizar a possibilidade,
inclusive, da diminuição dos impostos, na medida em que aumenta a base de
contribuição. E aqui eu quero citar o exemplo do Município de Canoas. O
Prefeito Jairo Jorge, e eu lá tenho escritório, pela segunda vez consecutiva,
Ver. Comassetto, baixa os impostos. Mas por que consegue baixar? Porque tem a
nota fiscal eletrônica, fazendo com que todos paguem.
E aqui, em Porto Alegre,
o meu plano de saúde é Unimed, mas, quando nós necessitamos de médicos com mais
especializações, infelizmente, muitos não estão mais atendendo pelo plano de
saúde, e nós temos que pagar a consulta. E essas consultas estão variando entre
R$ 300 a R$ 600. Então, estamos notando que é extremamente constrangedor chegar
no balcão de um consultório médico - e não só nos consultórios -, e nos
perguntarem se a gente quer nota. Isso tinha que ser enquadrado como algo
altamente criminoso, tinha que ser proibido perguntar para o consumidor se ele
quer nota. Alguém com esse procedimento teria de ser penalizado!
Por isso que nós vamos
apoiar a sua Indicação, mas achamos que essa discussão precisa ser mais
ampliada. Nós precisamos ser mais sinceros com nós mesmos, trazendo as
informações do nosso dia a dia. Na medida em que mais pessoas pagarem impostos,
menos nós vamos pagar. Porque o que precisamos defender é o retorno dos
impostos que pagamos.
O Brasil não é o que tem
a maior carga tributária, como muitos dizem. O Brasil, talvez, seja aquele que
menos tem retorno dos impostos pagos pelos nossos trabalhadores e pelos nossos
empresários brasileiros de um modo geral. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A Sra. Jussara Cony: Sr.
Presidente, desejo comunicar à Casa e a V. Exa. que a Frente Parlamentar em
Defesa do Serviço Público e dos Servidores Públicos, composta por vários
Vereadores, está, neste momento, tendo que comparecer ao chamado do
Vice-Prefeito para tratarmos das negociações em relação à paralisação dos
servidores municipais. Como Presidente da Frente, comunico à Casa que estamos
nos dirigindo para lá. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação a Indicação nº 027/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
A Sra. Sofia Cavedon (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da ordem da priorização
de votação, para que possamos, imediatamente, passar para a votação do
Requerimento nº 038/14, em solidariedade às professoras, médicos e
nutricionistas que lutaram pelo fim da parceria com a Coca-Cola. Isso já
aconteceu, só que como há sindicância, inclusive, indicando e tentando punir a
participação delas nas mobilizações, eu gostaria que a nossa Câmara pudesse ter
essa solidariedade. Então, se pudéssemos votar agora, pois estou me deslocando
para a reunião de negociação. Após retornaremos à ordem normal.
O Sr. Valter Nagelstein: Sr.
Presidente, eu quero chamar a atenção dos Vereadores da base, porque, de alguma
forma, indiretamente, é uma moção de repúdio à Secretaria Municipal de
Educação; então eu gostaria que a Ver.ª Sofia pudesse ir à tribuna esclarecer
qual é a razão, antes de nós votarmos uma moção dessa natureza. Se a Vereadora
está propondo, ela deve sustentar. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): São duas ações. Primeiro, teremos que votar se aceitamos ou
não o Requerimento; aceitando o Requerimento, podemos discutir o mérito do
assunto. Não sei se os Vereadores estão esclarecidos sobre isso. Vereadora,
alguma alteração no seu Requerimento? Eu acho que tudo é legítimo do processo.
Nós estamos aqui para construir.
A Sra. Sofia Cavedon (Requerimento): Vereador, o Ver. Valter quer fazer o debate, e eu não tenho
como ficar, porque seria em prejuízo das negociações, então eu solicito a retirada do Requerimento nº
038/14 da priorização de votação da
Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia
Cavedon.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram.(Pausa.) APROVADO.
O Sr. Márcio Bins Ely (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLL nº 274/13 da
priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Márcio Bins
Ely.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
O Sr. Reginaldo Pujol: (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLL nº 022/13 da
priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº
01 ao PLL nº 006/14, em renovação de votação.
O Sr. Márcio Bins Ely (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro
o adiamento da votação do Requerimento, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
solicita renovação de votação da Emenda nº 01 ao PLL nº 006/14, por uma Sessão.
O Sr. Reginaldo Pujol: A
renovação de votação, necessariamente, tem que ser por votação nominal, não é?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Não necessariamente, é um projeto de lei do Legislativo.
O Sr. Reginaldo Pujol: (Requerimento): Mas eu requeiro que seja votação nominal, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Nós podemos agora fazê-lo de forma não nominal, pelo menos, a
visualização. Então esta Presidência consulta: os Vereadores que concordam que
a votação seja nominal permaneçam como se encontram, os demais...
O Sr. Reginaldo Pujol: Acho
que não cabe discussão. O Requerimento de renovação de votação...
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereador, só um pouquinho. V. Exa. talvez não tenha
entendido. Eu só estou vendo se o Plenário acolhe ou não o seu Requerimento...
(Aparte antirregimental.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Eu estou colocando em votação o Requerimento do Ver. Pujol.
O Sr. Clàudio Janta: Se o
Ver. Pujol pede que seja nominal a votação, ela é nominal. Não existe isso!
Acontece que nós temos que saber se vamos apreciar o pedido do Márcio.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): É que o Ver. Reginaldo Pujol usou várias vezes a palavra
“precede”. Porque tem um Requerimento, em ato contínuo, do Ver. Márcio Bins
Ely, que requer o adiamento da votação.
O Sr. Reginaldo Pujol: Mas
ele mantém esse pedido?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Mantém, Vereador, é isso que estou colocando! É que, se não
tivermos uma metodologia, nós não podemos votar.
A Sra. Lourdes Sprenger:
Sr. Presidente, pode ser nominal, porque é um fundo benéfico ao Poder Público.
Não tem problema.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vereadora, não tenho nenhuma dúvida quanto a isso. Só que,
em virtude da fala do Ver. Reginaldo Pujol e da solicitação do Ver. Márcio...
Vereadores, se V. Exas. permitirem, esta Presidência vai tentar dar a seguinte
condição: vamos votar primeiro se acordamos ou não com o adiamento da votação;
se concordarem...
(Aparte antirregimental
do Ver. Márcio Bins Ely.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Não, Vereador, não concordar em votar agora.
O Sr. Márcio Bins Ely: Em
função de que o autor do projeto, o Dr. Thiago, não está aí.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Não está o autor. Só quero esclarecer que, se concordarmos,
vamos passar adiante. Se não concordarmos, passaremos então para a votação, que
poderá ser nominal ou não.
A Sra. Lourdes Sprenger:
Eu mantenho nominal.
O Sr. Waldir Canal: Essa
votação é sobre o projeto de fogos de artifício?
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Isso.
O Sr. Waldir Canal:
Muito bem, porque havia uma dúvida e eu gostaria de esclarecer.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores Clàudio
Janta e Engº Comassetto, o Requerimento de autoria do Ver. Márcio Bins Ely.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 13 votos SIM, 05 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 046/14 – (Proc. nº 1128/14 – Ver. Marcelo Sgarbossa e outros –
Bancada do PT) – requer a convocação do Sr. Vanderlei Luis Cappellari, Diretor-Presidente
da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), para prestar informações
a respeito do teste de “30 segundos” realizado pela EPTC nas sinaleiras da
região central de Porto Alegre no dia 29 de abril.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Em votação o Requerimento nº 046/14. (Pausa.) O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
046/14, como autor.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Bom
dia a todos e a todas. Eu não ia encaminhar porque eu sei que tem um acordo
aqui de a gente fazer a Ordem do Dia andar e os projetos serem votados,
independente do resultado, mas o fato é que, talvez, esse Requerimento precise
de algum esclarecimento. Nós estamos convidando, ou convocando o Secretário
Cappellari para vir aqui e explicar aquele teste realizado no dia 29 de abril,
em razão de uma emenda aprovada, com apenas um voto contrário, aqui na Câmara,
que garantiu o tempo de travessia dos pedestres num tempo mínimo de trinta
segundos. Ficou muito claro que esse teste foi feito sem um estudo prévio,
infelizmente, porque, da forma como ele foi feito, Ver.ª Lourdes, diminuindo o
tempo do sinal verde para os motoristas... Vejam que uma coisa não está
necessariamente relacionada com a outra. Uma coisa é quando o sinal fecha para
os motoristas e abre para o pedestre para garantir um tempo necessário para
travessia, mas, à medida que o verde abre para o motorista, esse tempo é
determinado pelos cálculos que a própria EPTC faz. Então, pode ser quarenta, sessenta
segundos, Ver. Pujol, ou seja, o tempo que for necessário para a fluidez do
trânsito de veículos automotores. Mas não foi o que aconteceu. As sinaleiras
das grandes avenidas foram reduzidas, e muito, foram reduzidas para 22
segundos, com nas avenidas João Pessoa e Ipiranga. Então, eu percebo aqui, como
eu não senti a garantia... Porque para mim esse era um tema... Dificilmente, a
Câmara, Ver. Janta, negaria a vinda de um Secretário para explicar. Isso será
até um motivo para nós aprendermos porque foi feito um teste dessa forma. E,
mais, para explicar como a lei acabou entrando em vigor por um descuido da
Prefeitura, que não encaminhou para Câmara o veto da emenda nas 48 horas depois
que vetou, o que culminou na aprovação da lei. Portanto, hoje é lei, uma lei,
diga-se de passagem, que não está sendo cumprida. E nós não estamos tencionando
mais do que isto - estamos mantendo até aí: a lei não está sendo cumprida. Há
uma resolução do Contran, de abril, que fala para não cumprir, quando a
resolução fala, justamente, em um tempo maior de travessia para os pedestres.
Então, nós queríamos deixar as coisas bem tranquilas, Ver. Janta, nem nos
pronunciando, porque entendemos que a Câmara, dentro da sua autonomia, gostaria
de ouvir o Secretário Municipal dos Transportes se pronunciar sobre esse teste
que acabou, realmente, causando transtornos para toda a Cidade. Pois bem, subo
aqui à tribuna com receio de que a Câmara não firme, neste momento, a sua
autonomia e não queira convocar um Secretário para que venha aqui explicar esse
teste. Se nós tentarmos deixar ele de lado, escondido debaixo do tapete, nós
sepultamos, Ver. Cecchim, qualquer possibilidade de aumentar o tempo de
travessia dos pedestres. O nosso cálculo aqui é feito nos 0,73 metro por
segundo, ou 0,79 metro, dependendo do estudo, em que mostra que esse é o tempo
dos mais lentos na Cidade, enquanto que a EPTC adota 1,2 metro por segundo, que
é o tempo dos mais rápidos. Então, eu subo aqui um pouco com receio, neste
momento. Há 10 minutos achava que não precisava ter esse receio, mas agora subo
com receio de que não aprovemos essa convocação do Secretário Municipal dos
Transportes para vir aqui, justamente, ter uma oportunidade, perante o
Parlamento Municipal, de explicar: em que base foi feito esse teste? Em qual
metodologia? Por que foram alteradas 238 sinaleiras? Por que não foram
alteradas outras? Por que o teste iniciou por uma região central da Cidade e
não por uma região mais periférica? Por que mexerem o tempo do sinal verde para
os motoristas? Sim, são questionamentos que colocam em dúvida a forma como o
teste foi feito. É verdade que ninguém aqui está colocando em dúvida a nossa
posição, mas queremos dar essa oportunidade para o Secretário Municipal dos
Transportes trazer o tema e explicar o que aconteceu. Então, confiamos nos
votos dos colegas. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Marcelo Sgarbossa. O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 046/14.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a circunstância de estarmos em
uma Sessão Extraordinária e o fato de o nosso Líder do Governo na Casa, Ver.
Airto Ferronato, encontrar-se enfermo no dia de hoje, me coloca na posição de
Liderança neste momento. Observo, Sr. Presidente, que o objetivo da nossa
Sessão Extraordinária começa a se esvaziar nesse momento, na medida em que
vários Vereadores se afastaram preocupados e ocupados que estão em participar
da discussão que se realiza em torno do movimento paredista dos servidores
municipais, que está se desenvolvendo neste momento fora do prédio da Câmara de
Vereadores. Agora mesmo, nós tivemos dificuldade de dar eficiência à votação
que tivemos anteriormente, que obteve o 19º voto em cima da hora, sem o qual
não poderia ter ocorrido a deliberação que ocorreu em torno do Requerimento do
Vereador, Líder do PDT, Márcio Bins Ely.
Agora, Sr. Presidente,
vejam os senhores, nós temos um Requerimento feito pelo Ver. Marcelo Sgarbossa,
que quer convocar o nosso Secretário da Mobilidade Urbana de Porto Alegre para
comparecer à Casa para discutir um assunto que já foi amplamente discutido.
Além de fugir um tanto quanto do combinado... Porque normalmente o que tem
ocorrido, Ver. Cecchim, é que o Secretário do Município, quando solicitado, nós
acabamos compondo e ele vem aqui independentemente da convocação e da
deliberação imperativa do plenário, que é uma tomada de posição política.
Então, diante dessas circunstâncias, Sr. Presidente, entendo que votar agora,
neste momento, não me cabe outra posição, na condição de eventual Líder do
Governo aqui na Casa, de recomendar o voto contrário à aprovação desse
Requerimento pelo seu conteúdo político. É um quebra de braço entre o autor de
uma emenda que, sabidamente, repercutiu negativamente na Cidade, com o
Secretário Municipal da Mobilidade Urbana, acrescida a circunstância de que
essa proposta, por uma questão burocrática, por um erro reconhecido do
Município, que, fora de prazo, entregou aqui as razões na Casa, já estaria
sendo vetada pelo Prefeito. E isso já foi anunciado pelo Ver. Nereu D’Avila,
proponente da lei do Estatuto do Pedestre, que proporá uma emenda à lei já em
vigor, retirando o dispositivo que havia sido vetado e que não produziu o efeito
ao veto pelas razões que já me conferi. Então não há outra alternativa para
quem está em consonância com o Governo do Município, especialmente nessa
matéria, senão, da tribuna, fazer a recomendação que estou fazendo, em votando
a matéria agora, que é votar contrariamente. Porque isso não cabe. Para nós é
assunto encerrado: essa matéria não vai mais ser discutida. Nós vamos trazer um
projeto de lei para a Casa para retirar do conjunto da proposta, da lei já
sancionada pelo Prefeito e consolidada pela Presidência da Casa, esse
dispositivo que, comprovadamente, é ineficiente, que geraria, se aplicado, um
caos maior no já complicado trânsito da Cidade. Por isso, Sr. Presidente, essa
é a posição que faço, no momento, como Líder da base Governista, junto com boa
parte dos Vereadores que foram lá acompanhar o debate, visando ao
equacionamento da greve dos municipários, e aos que aqui se encontram, mantendo
plantão. Então eu recomendo o voto contrário à proposição do Ver. Marcelo
Sgarbossa. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro
assume a presidência dos trabalhos.)
O Sr. Elizando Sabino (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro que seja incluído o PLL nº 371/13,
de minha autoria, na priorização de votação da Ordem do Dia de hoje, que, por
um lapso, não foi incluído, embora referido na reunião de Mesa e Lideranças. E
solicito também que o projeto seja posto em discussão e votação logo após a
votação do Requerimento nº 046/14.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Consultando a Diretoria Legislativa, colocarei o seu
Requerimento em votação logo após a votação que está em andamento. O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 046/14.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; Ver. Marcelo Sgarbossa, eu sei
que o senhor faz um trabalho muito bom, pelo qual tenho muito respeito, mas
quero lhe dizer que esta pauta já é vencida. Já foi, não é, Vereador?
O Secretário
Vanderlei Cappellari deu toda a atenção possível para o seu projeto, para a sua
emenda; fez o teste dos 30 segundos. Causou um verdadeiro caos na Cidade. E o
Secretário, atenciosamente, explicou pela televisão, pelo jornal, por tudo.
O Secretário Vanderlei
Cappellari é um Secretário que, quando a gente pede, está sempre presente.
Acho que é desnecessário
este seu requerimento. Eu não vou conseguir votar com o senhor. Tenho respeito
pelo seu trabalho, mas vou votar contra, porque eu acho que é uma pauta vencida
e mais ainda: o Prefeito teve uma atenção muito especial com este projeto. O
Prefeito determinou que o Secretário Vanderlei Cappellari fizesse o teste, pelo
respeito que o Prefeito tem por esta Cidade.
Então, quero lhe dizer,
Ver. Sgarbossa, que nem sempre a gente pode ganhar. O senhor foi um lutador, só
que nós todos sabemos que os 30 segundos deram errado.
Eu vi até uma
entrevista, e V. Exa. argumentava que fizeram no Centro da Cidade, e que
poderiam fazer nos bairros mais afastados, mas em algum horário tem que fazer,
porque, se não fizessem naquele horário, talvez fizessem num horário
alternativo; mudava, mas só que, no horário do pico, ia dar este caos.
Então, eu, como Vereador
do PTB, falando pelo PTB, Ver. Cecchim, pela nossa Bancada, Ver. Paulo Brum,
Ver. Elizandro Sabino e nosso Cassio “Astrogildo”, quero dizer que eu vou votar
contra, porque não vejo a
possibilidade, em hipótese alguma, Vereador, de mudar novamente. É pauta
vencida, enfim. Penso que poderemos chamar o Cappellari, mas por outro motivo
que venha a acontecer, mas não por isso.
Senhores, encaminho
contrariamente ao Requerimento do Ver. Marcelo Sgarbossa, que é um lutador,
respeito o seu trabalho, mas não vou conseguir votar com V. Exa.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 046/14.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu estava
ansioso para votar a favor do Ver. Marcelo Sgarbossa, porque ele é jeitoso, ele
fala educadamente, pausadamente. É tranquilo o Ver. Marcelo Sgarbossa. Do tempo
que ele morou na Itália, ele trouxe para cá umas ideias inovadoras para que se
ande mais devagar, Ver. Valter Nagelstein. O mundo anda muito rápido, e o
Vereador veio da Itália com umas ideias de bem viver, de ter um descanso maior
depois do almoço, de levar os filhos a pé para a escola. Há duas ou três
cidadezinhas localizadas no norte da Itália que fazem isso; não porque não
tenham nada o que fazer, eu imagino, mas fazem isso. Piano, piano. Mas a nossa vida aqui é um pouquinho diferente e eu
acho que não temos que trazer aqui um Secretário para explicar o que população
já explicou. Eu acho que a consulta foi feita nesse dia do teste. Fez-se o
teste e a população não gostou. Não gostou. Uma vez que a população disse o que
achou do teste, eu acho que não há a necessidade de o Secretário vir aqui e dar
a sua opinião, porque nem mesmo a opinião dele valeria se fosse contrária
àquela manifestada pela população. Foi um desastre o teste dos tais 30
segundos. Não para os pedestres; foi um desastre para a Cidade, par o andamento
de tudo. As pessoas têm pressa, as pessoas têm horário. Aí, alguém vai dizer
que os carros não podem ter prioridade. Perguntem ao mundo, para todo o mundo:
quem é que anda, quem é que precisa andar de carro para ver que até os
pedestres não concordam que se ande um pouco mais rápido. O que se tem que ter
é respeito pelos pedestres e não se adquire respeito estabelecendo o tempo. Há
avenidas que precisam de mais de 30 segundos, mas há muitos lugares em que não
há necessidade desse tempo. Então eu acho que o teste foi feito, deu a
resposta, e eu, mais uma vez, não consigo votar junto com o Ver. Marcelo
Sgarbossa. Votarei contra a vinda do Secretário Cappellari para explicar este
assunto. Há muitos assuntos que são necessários de serem explicados, mas este,
particularmente, a população já deu a resposta, já se manifestou, e a população
não gostou da emenda. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para encaminhar
a votação do Requerimento nº 046/14.
O SR. VALTER NAGELSTEIN:
Srs. Vereadores, eu queria seguir na mesma linha do Ver. Idenir Cecchim. Eu
reconheço, Ver. Villela, que essa forma afável, tranquila, de fato, é uma forma
que é melhor, mais fluida, para as coisas da vida pública, da política. Elas
oferecem menos resistência. Ver. Sabino, às vezes, existem coisas e
companheiros muito rápidos também, e a gente precisa evitar um pouquinho isso.
Tem gente que é devagar demais e tem gente que é muito rápida. Há um ditado que
diz que tem gente tão rápida, que tira as meias sem tirar os sapatos. (Risos.)
Então a gente tem que ir um pouquinho devagar com essa história, de vez em
quando o vagar é bom. Mas a vida tem o seu ritmo, as cidades têm o seu ritmo.
Eu acho que a ferramenta da convocação, todos nós sabemos, Dr. Gil, é das mais
importantes que existem e, de alguma forma, se mal utilizada, é uma ferramenta
também de reprimenda. E nós todos aqui compreendemos que o Secretário
Cappellari vive uma das realidades mais difíceis dentre todas as Secretarias
Municipais, porque o trânsito, por sua própria natureza, é algo absolutamente
conflitado. Todos ali em um espaço pequeno de cidades que foram projetadas há
200 anos, e que não há recursos suficientes para que se alarguem as vias. E
quando a gente vai alargar as vias, há movimentos como aquele que houve aqui
atrás. Hoje está uma beleza a Av. Beira Rio, quem passa por ali fica encantado.
Mas não vamos nos esquecer, Ver. Villela, Ver.ª Mônica, Ver. Kevin, de que, há
quatro meses, tivemos um conflito enorme com um grupo ambientalista que montou
acampamento, não queria deixar cortar as árvores que eram exóticas, que
transformou isso como se Porto Alegre fosse uma Cidade que estivesse destruindo
o meio ambiente, quando, na verdade, todos nós sabemos, e o bom senso nos diz
que temos 1 milhão e 300 mil árvores em Porto Alegre. É uma secretaria
complexa. Eu também voto, embora reconheça no Ver. Sgarbossa essa condição,
contrariamente, mas gostaria de ouvir da EPTC, não especificamente em
convocação, mas em outros momentos, questões sobre a discussão do metrô. Será
que o metrô que está encaminhado para Porto Alegre da forma que está, de fato,
é o melhor investimento? Será que os VLTs, que são os veículos leves sobre
trilhos que foram aplicados em Fortaleza e estão, agora, lá parados, mas enfim,
se começou a obra e já está em 60%, não seriam melhores, mais baratos que um
metrô? Acho que esta é uma discussão que deve ser feita aqui com todos nós no
plenário da Câmara. Será que o aeromóvel, Ver. Villela, que está aqui do nosso
lado, para mim, vergonhosamente, a nos sinalizar da nossa incompetência como
homens públicos, para concluirmos isso que seria simples: uma linha circular do
aeromóvel no Centro de Porto Alegre. Continuam botando essas passarelas que não
são caras, hoje tem gerenciamento por computador, esses trens seriam
gerenciados a cada 30 segundos, certamente, chegaria um trem numa estação e nós
faríamos uma linha circular do aeromóvel no Centro passando pela rodoviária.
Todas as linhas de metrô no mundo começam por uma linha circular. E nós já
poderíamos, imediatamente, fazer um ramal universitário que saísse dessa linha
circular passando pela UFRGS, seguindo pela Ipiranga e indo até a Pontifícia
Universidade Católica. Por que não se traz esse assunto? Por que não se fala
isso? Por que não se projetam essas coisas? Essas são as discussões que nós
podemos estabelecer, positivas, com a EPTC. Saber da EPTC, por exemplo, Ver.
Cecchim, o que foi feito das estações de transbordo que foram concebidas pelo
nosso Prefeito José Fogaça, pelo Secretário Clóvis Magalhães na implantação dos
BRTs, de que não ouvimos mais falar? O que vai ser feito da estação de
transbordo da Icaraí, das outras estações de transbordo? Nós recebemos por dia
60, quase 70 mil ônibus, Ver.ª Any, que chegam ao Centro de Porto Alegre todos
os dias. A concepção dos BRTs é para que evitássemos, Ver. Marcio Bins Ely, que
todos esses ônibus chegassem ao Centro, com o acréscimo de poluição que tem no
Centro, Ver. Bernardino? Não vai mais se discutir isso, os ônibus vão continuar
vindo para o Centro? As viagens dos ônibus que vêm de Alvorada, Gravataí, da
Região Metropolitana toda vão continuar vindo para o Centro? Essas, sim, são
discussões que merecem que este plenário repleto, cheio, com a totalidade dos
Vereadores, arguam, questionem, conversem e dialoguem com o Secretário da EPTC,
e que a gente consiga projetar no planejamento futuro os próximos 10, 15, 20
anos do futuro de Porto Alegre, especialmente nesta área tão complexa, tão
conflitada e tão problemática de disputa de espaço com carro, com ônibus, com
moto, com bicicleta, com pedestre, que são as vias de nossa Cidade. Fica,
então, essa sugestão. Eu, infelizmente, voto contra, Sr. Presidente, mas
gostaríamos, sim, que tivéssemos uma discussão com outros temas mais
propositivos e mais positivos com a EPTC. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 046/14.
A SRA. ANY ORTIZ: Bom
dia, Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste através da TVCâmara, eu
acho que é muito oportuno, Ver. Valter Nagelstein, estar inscrita logo após o
senhor, pois venho também reforçar a importância das estações de transbordo. A
gente vê os ônibus chegando ao Centro da Cidade com pouquíssimos passageiros, e
esses passageiros poderiam ter sido transferidos para os ônibus locais de Porto
Alegre. Esse é um assunto que tem que ser retomado, que tem que ser discutido
não só com a EPTC, mas com a Metroplan e com o Governo do Estado, para que a
nossa Cidade possa realmente fluir melhor o trânsito. E o funcionamento do BRT
vai poder resolver um grande problema que a gente tem no transporte público de
Porto Alegre.
Mas agora quero colocar
a respeito do tempo das sinaleiras, dos 30 segundos. O teste já foi feito, a
gente viu na Cidade o que aconteceu quando em todos os semáforos foi aumentado
o tempo para o pedestre. Mas quero só deixar uma consideração aqui, que em
alguns locais da Cidade, como é o caso da Av. Assis Brasil, no cruzamento que
tem em frente ao Bourbon da Assis Brasil, o tempo é de 11 segundos. E o
Emerson, da EPTC, está aqui, pode afirmar a vocês das inúmeras vezes em que fui
conversar com o Secretário Cappellari, da EPTC, a respeito especificamente
deste semáforo. Mas como este, a gente tem outros tantos exemplos na Cidade. O
tempo de 11 segundos é impossível para aquela população cruzar seis pistas, sendo
quatro de veículos e duas no corredor de ônibus, ficando num brete extremamente
apertado, onde um cadeirante tem grandes dificuldades em atravessar aquela
avenida que tem muito movimento. Há quatro escolas no entorno, há um shopping com um atrativo grande de
público. Então, é uma semáforo que não é só em horário de pico, mas funciona o
dia inteiro, causando um grande prejuízo para a população do bairro São João.
Ao longo dos anos, já vimos diversos casos de atropelamentos de pessoas –
muitas infelizmente vieram a falecer – naquele ponto da Av. Assis Brasil.
Eu acho que o projeto do Ver. Sgarbossa tem uma conotação importante para a Cidade, mas quando se fala em todos, Ver. Marcelo, a gente encontra uma dificuldade muito grande, como se viu no teste que foi feito. Que os Vereadores desta Casa que estão nas ruas, que conseguem saber as dificuldades dos bairros possam encaminhar pedidos específicos como eu tenho feito em alguns locais desta Cidade. A gente precisa, sim, aumentar o tempo dos semáforos, mas 30 segundos na Cidade inteira a gente já viu no teste – acho que o Prefeito agiu bem fazendo o teste, colocando o que poderia acontecer numa Cidade em que infelizmente as pessoas têm que pegar o seu carro. O Governo Federal incentiva o uso do automóvel quando faz redução de IPI e a Prefeitura não consegue, na mesma velocidade, fazer os investimentos necessários para que todos esses veículos consigam circular. Além do que, hoje temos um transporte público muito abaixo do nível esperado, fazendo com que as pessoas prefiram cada vez mais o transporte individual a deixar os carros em casa para andar num transporte coletivo decente. Isso tem que ser repensado. As ações do Governo Federal fomentando o uso do veículo individual são muito grandes frente às ações que a Prefeitura pode ter. A solução para que pedestres e veículos consigam atuar de forma mais harmônica não seria, no meu ponto de vista, aumentando o tempo de todas as sinaleiras; aumentando o tempo de algumas e favorecendo e fazendo ações para que os carros possam andar em menor número na Cidade, e não em número cada vez maior.
Para concluir, nesse
mesmo semáforo, especificamente, da Av. Assis Brasil, que hoje tem 11 segundos
para pedestres, quando tu aumentas para 30 segundos, a gente vê um
congestionamento não só de carros, mas um congestionamento também dos ônibus –
por ali passa um corredor de ônibus que vai até a Av. Farrapos. Então, a gente
prejudica, não só quem está no veículo individual, mas também aquelas pessoas,
o trabalhador que, depois de um dia longo de trabalho, vai pegar um ônibus
lotado e ainda vai ficar num supercongestionamento, demorando o dobro do tempo
para chegar às suas residências. Eu queria só fazer esse reforço e dizer que a
gente não precisa trazer o Secretário da EPTC só para conversar sobre os 30
segundos de uma forma geral. Mas a gente tem que fazer um debate mais amplo, um
debate que vá englobar as questões de transbordo, do nosso BRT, do que a Cidade
quer em relação ao uso do veículo individual, também buscando ações do Governo
Federal, que hoje incentiva muito o uso do veículo particular e não nos gera
incentivos na mesma quantidade para resolver o problema do trânsito na nossa
Cidade.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a
votação do Requerimento nº 046/14, pela oposição.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Não
era para a gente monopolizar a discussão aqui, mas, infelizmente, mesmo nas
disputas que temos aqui, oposição/situação, os chamados independentes, temos
algumas regras mínimas. Essa regra mínima parte pelo fortalecimento das
instituições, e aqui estamos falando se esta Instituição, Câmara Municipal,
Parlamento Municipal, quer ou não ouvir o Secretário Municipal de Transportes
sobre um tema específico. Inclusive, esse tema específico, o teste no dia 29 de
abril, foi aprovado pela Câmara de Vereadores, com um voto contrário apenas. Eu
não quero pegar aqui a nominata dos Vereadores que estavam presentes, acho que
não precisa esse constrangimento, mas quero dizer aos colegas que foi aprovado
por um voto contrário apenas. E mais, o Prefeito Municipal, no dia 11 de abril,
se comprometeu em sancionar a nossa emenda, porque ele, sensível, entendeu que
as pessoas precisam de mais tempo para atravessar a rua. A Ver.ª Any traz um
caso aqui de 11 segundos; tem sinaleiras de 9 segundos, de 8 segundos para os
pedestres. Nós estamos recolhendo vídeos para mostrar aqui. Talvez alguns
Vereadores não se locomovam pela Cidade de outras maneiras, mas quem usa o modal
a pé consegue perceber este fato que a Any traz aqui, que as pessoas têm que ir
até o meio da pista e no meio têm que apertar novamente o botão para fazer a
segunda parte da travessia, é caso típico porto-alegrense. É a primazia do
carro, de verdade. Como se o destino final de uma pessoa fosse ir até o meio da
pista.
A última colocação aqui
para Ver.ª Any Ortiz, que fala que, 30 segundos, seria um tempo demasiado
absoluto. Ver.ª Any, 30 segundos não têm a ver tanto com a largura da rua. A
nossa emenda se limita tão somente às sinaleiras de pedestre, elas estão
ligadas justamente à ideia de que são lugares de maior fluxo da população a pé,
e, portanto, maior tempo de travessia. Porque os estudos mostram que quando há
mais de dez pessoas, de dez a vinte pessoas atravessando ao mesmo tempo, há um
embaraço até iniciar a travessia a pé. São estudos da Universidade de Dublin,
Sociedade de Engenharia dos Estados Unidos, e vários estudos mundo afora que
mostram que tu precisas dar um tempo a mais para iniciar a travessia.
E eu queria dizer aqui,
para os Vereadores que já anteciparam que vão votar contra o nosso
requerimento, que o próprio Secretário Cappellari, num debate que tivemos na
Rádio Guaíba alguns dias depois, quando coloquei que tínhamos feito este pedido
de convocação, e ele mesmo se dispôs que viria à Câmara, sim, sem problemas.
Então, eu acho que tem aqui, está pairando mais o jogo da situação/oposição, o
jogo pobre, neste caso, porque da parte do próprio Secretário, ele se dispôs a
vir. Eu acho que é uma oportunidade a mais que ele terá para falar sobre o
tema. Vejam que pode parecer um tema que não está, como alguns dizem,
sepultado; justamente o contrário. Sepultado está se nós não entendermos o que
aconteceu, e, portanto, não entendendo o que aconteceu, sepultaremos qualquer
possibilidade de ampliar o tempo para as pessoas atravessarem a rua.
E, por último, quero
dizer que tenho aqui 17 Pedidos de Informações, já feitos no ano passado,
muitos deles relativos a este tema, que não foram atendidos. É função do
Vereador, do Parlamentar, a fiscalização do Executivo, seja através de pedidos de
providência ou pedidos de informação. Eu falava há pouco com o Emerson, mas
percebi que o jogo aqui, que poderia aguardar um certo padrão, mesmo sendo
situação e oposição… Vamos ter que lutar inclusive para conseguir as
informações. Não é só o cidadão comum que não tem informação. O Vereador
eleito, legitimado por um mandato, não tem as informações. Então, nós,
infelizmente, teremos que endurecer. Eu estou colocando aqui algo que hoje é
lei: 30 segundos é lei hoje! Nós nem estamos tensionando para isso ainda, mas
se esse jogo continuar aqui não nos resta outro caminho senão o tensionamento
por outras vias que não apenas o Parlamento. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está
com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 046/14.
O SR.
ENGº COMASSETTO: Colegas Vereadores que analisam que este debate está se
estendendo demais, por um requerimento que solicita a presença do Secretário
para discutir um tema relacionado à mobilidade urbana, pois este debate que se
dá trava justamente a necessidade que Porto Alegre está tendo para tratar o
tema da mobilidade urbana e a forma como o Executivo está produzindo as
decisões sobre a mobilidade urbana. Portanto, Ver. Cecchim, convidar um
Secretário para vir aqui dialogar sobre o tema, parafraseando com o senhor a
respeito da estada do Marcelo na Itália, que trouxe várias ideias - sabe que
falar em italiano é parlar, e este
aqui é o Parlamento, é o local do diálogo -, nada mais é do que uma necessidade
da conjuntura atual. Vejamos: no mínimo, o teste que o Secretário fez com a
emenda aprovada por esta Casa – e diga-se de passagem, Ver. Marcelo, não foi só
aprovada por nós, a lei foi sancionada, ela está em vigor; inclusive o Governo
teria que estar aplicando, pois se é lei tem que estar em vigor - foi um teste
que teve uma postura autoritária na sua inserção autocrática. Usou-se uma
decisão técnica não conjugada com a realidade.
O Emerson, da EPTC, está aqui, vem sempre a
esta Casa, e a EPTC está devendo a esta Casa, pois anunciou há dois anos que
aplicaria as ondas verdes. A onda verde é aquela sequência das sinaleiras
abrindo e fechando, não todas ao mesmo tempo como foi feito no teste dos 30
segundos. Está claro que o teste foi feito de maneira proposital e
tecnocraticamente equivocado para dizer que essa ideia não dá certo, mas o que
houve, Emerson – e o senhor foi testemunha disso – é que o Secretário assumiu
para ele como uma derrota a aprovação daquela emenda, e o Governo está se
negando a dialogar sobre o assunto. Agora, o que tem que ser dito aqui é o
seguinte: é lei, está aprovado. Bom, por que foi aprovado se o Governo não
queria que a emenda fosse aprovada? Por que ela se tornou lei? Qual a razão?
Tem que explicar aqui. Essa contradição não é nossa, do Legislativo; a
contradição está no Executivo, neste momento, e está na EPTC. Estamos propondo
fazer o diálogo para verificar se ela precisa ser refeita – e nós dissemos que
ela tem que ser refeita.
Eu vejo aqui um Vereador cadeirante, o Ver.
Paulo Brum. Como ele é tratado? Qual o estudo feito para os cadeirantes
atravessarem as ruas ou as avenidas? Trinta segundos são suficientes ou
insuficientes? O que está colocado, neste momento, é que a Cidade carece de um
projeto da mobilidade urbana, que sejam contemplados todos os modais, e aí tem
uma questão de conceito: que não se priorize o automóvel em detrimento do
pedestre, que haja esse equilíbrio. E nós queremos construir o equilíbrio, e a
sugestão trazida pelo Marcelo propõe uma norma técnica. Agora, se ela tem que
ser ajustada, nada melhor do que parlar,
e esta é a casa do Parlamento. Então um convite ao Secretário para vir aqui
nada mais do que justo, principalmente no momento em que a Cidade está carente
no tema da mobilidade urbana. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O Sr. Marcelo Sgarbossa
(Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel
eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Marcelo Sgarbossa.
(Pausa.)
O
Sr. Reginaldo Pujol: Estamos em votação, Presidente. Vamos votar.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A qualquer momento pode ser
pedida a verificação de quórum, Vereador.
O Sr.
Reginaldo Pujol: Não, senhor.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Se estivesse o painel aberto,
não poderia, já estaria em votação, estava-se encaminhando.
O Sr.
Reginaldo Pujol: Presidente, iniciada a votação, tem as razões pelas quais ela
se interrompe...
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Nós não estávamos em votação...
O Sr.
Reginaldo Pujol: Mas não pela ausência de quórum requerida...
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Nós não estávamos em votação;
nós estávamos encaminhando a matéria. Então a possibilidade...
O Sr.
Reginaldo Pujol: Estávamos encaminhando a votação, Sr. Presidente! A matéria
não tem outra forma.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Mas ele tem possibilidade de
pedir a qualquer momento.
O Sr.
Reginaldo Pujol: V. Exa. quer fazer verificação de quórum; ele está fazendo
equivocado, mas eu não vou complicar.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Muito obrigado, Vereador. Está
feito o seu registro.
(Após o fechamento do painel eletrônico.) Quatorze Vereadores presentes. Não há
quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 11h43min): Encerrada a Ordem do
Dia.
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 0607/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 052/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que institui o
Programa Cultura Cidadã e dá outras providências.
PROC. Nº 1113/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 110/14, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que
obriga a presença de guia de turismo em excursões de turismo que se originem no
Município de Porto Alegre ou que a esse se destinem, bem com em passeios
turísticos realizados em seu âmbito, e dá outras providências.
PROC. Nº 1184/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 115/14, de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que concede o
título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Maurício Alexandre Dziedricki.
PROC. Nº 1087/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 103/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que institui
o Programa de Zonas Verdes, destinado à extensão temporária de passeio público
por meio da instalação de parklets.
PROC. Nº 1209/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 018/14, de autoria da Mesa Diretora, que altera a ementa e
os arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 11 e revoga o parágrafo único do
art. 1º e o art. 10 da Resolução nº 2.295, de 15 de maio de 2013 – Mostra
Aberta de Cinema –, alterando a denominação dessa mostra para Cinecâmara e
dando outras providências.
PROC. Nº 1019/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/14, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina
Largo Clóvis Jacobi o logradouro público cadastrado conhecido como Largo 1727,
localizado no Bairro Praia de Belas.
PROC. Nº 1044/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua Arlindo
Polese o logradouro não cadastrado conhecido como Beco Um – Estrada Extrema.
PROC. Nº 1099/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/14, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que declara de
utilidade pública a Federação Riograndense de Capoeira – FERGS.
PROC. Nº 1226/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 119/14, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que denomina
Rua José Luiz Pereira o logradouro público parcialmente cadastrado conhecido
como Rua 7157, localizado no Bairro Restinga.
PROC. Nº 0593/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 048/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que garante à
parturiente o direito à presença de acompanhante no processo de parto, em
hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS), e dá
outras providências.
PROC. Nº 0641/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 061/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua
João Carlos Costa da Silva o logradouro não cadastrado conhecido como Rua Sete
– Estrada Otaviano José Pinto –, localizado no Bairro Lami.
PROC. Nº 1103/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 108/14, de autoria do Ver. Paulo Brum, que assegura às
pessoas com deficiência o atendimento, bem como a devida acessibilidade, em
centro de saúde, unidade básica de saúde ou unidade de saúde da família mais
próximos de sua residência.
PROC. Nº 1164/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 114/14, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que declara
de utilidade pública a Associação Estrela Gaúcha.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 1095/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 105/14, de autoria do Ver. Mario Manfro, que denomina Rua
Maria Onofrina Mendonça Torres o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua Dezenove – Jardim Dona Leopoldina II –, localizado no Bairro Mário
Quintana.
PROC. Nº 1172/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 017/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede
o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor Glauco Francisco de
Menezes.
PROC. Nº 1232/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que inclui a
efeméride Dia do Chefe de Cozinha no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de
Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 13 de maio.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, quando eu
me inscrevi, agora, não havia observado que o Ver. Ver. Márcio já estava de
volta ao plenário, e a ele pertence a preferência. A minha preocupação era de
que houvesse uma manifestação na Pauta, porque seria mais uma das tantas
oportunidades em que a Pauta não foi cumprida nas nossas Sessões. E eu tenho
muito interesse a respeito do andamento da Pauta, porque tem um projeto de
minha lavra, que sou o proponente, que há muito tempo luto para que ele possa
tramitar adequadamente. Tive problemas de toda a ordem, inclusive com a própria
Diretoria Administrativa da Casa, e eu observo, para minha alegria, que ele
passou da 1ª Sessão, se encontra na 2ª Sessão; melhor do que isso, ainda está
na 1ª Sessão, é o Projeto de Lei do Legislativo nº 98/14, de nossa autoria, que
denomina Largo Clóvis Jacob um logradouro público cadastrado, conhecido como
Largo 727, localizado no bairro Praia de Belas.
A Diretoria Legislativa contribuiu muito
conosco em relação a essa matéria, para que nós superássemos problemas surgidos
em 2011 ainda, com a Diretoria Administrativa, que entendia que o regramento
não preenchia as condições básicas para que se iniciasse a tramitação regular
na Casa. Nós resolvemos todos esses problemas, e o projeto passa hoje pela 1ª
Sessão de Pauta. Evidentemente, poderá, hoje à
tarde, entrar em 2ª Sessão de Pauta; com isso, encaminhar-se para o exame das
Comissões, para os exames técnicos da Casa. Por isso, Sr. Presidente, fiz
questão de me manifestar; com isso, cumpro essa parte da sistemática processual
da Casa e ensejo, agora, que o Ver. Márcio Bins Ely venha à tribuna fazer a sua
manifestação. O Ver. Márcio Bins Ely tinha a prerrogativa anterior e agora,
então, ele a adquire. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Márcio Bins Ely
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver.
Mauro Pinheiro, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste nas
galerias e na TVCâmara e, em especial, Ver. Reginaldo Pujol, que me antecedeu,
fazendo referência ao nosso trabalho, à nossa determinação, com foco na
produtividade e no resultado para quem mais precisa em Porto Alegre. Quero
dizer que, da minha parte, tenho, hoje, três processos tramitando em Pauta –
dois em 1ª Sessão e um em 1ª Sessão.
Quero falar um pouco
sobre o primeiro, que institui o Programa Cultura Cidadã em Porto Alegre. Acho
que cultura é inclusão social e tem que estar na prioridade, na agenda positiva
da Cidade. Precisamos botar a nossa juventude, o nosso pessoal a fazer uma
integração, aproveitando este momento da Copa do Mundo, da miscigenação dos
povos que estão vindo para cá. Nesse sentido, nós criamos o Programa Cultura
Cidadã. Faço questão de transcrever aqui o art. 1º, para que o pessoal possa
entender o espírito dessa iniciativa, de nossa autoria, que tenho certeza de
que vai ser muito benéfica para a nossa Cidade. Então fica instituído o
Programa Cultura Cidadã, visando a incentivar empresas a adotarem instituições
culturais no Município, como bibliotecas, centros, casas de cultura, museus e
teatros. Constituem os objetivos da adoção de instituições culturais municipais:
proteção, otimização do acervo, introdução de novas tecnologias, manutenção de
instalações prediais, entre outras. Então, por meio da doação de materiais,
financiamentos, iniciativas, nós queremos criar, também, essa nova prerrogativa
na Cidade, colocar na agenda positiva da Cidade o tema desse envolvimento com
questões que dizem respeito à manutenção da cultura na Cidade. Este, então, é
um dos três projetos nossos que tramitam em Pauta nesta nossa Sessão
Extraordinária de hoje.
O segundo deles é na
área da saúde – e está aqui o nosso Ver. Delegado Cleiton, o Ver. Dr. Thiago,
que é também da nossa Bancada, que é o Presidente da Comissão de Saúde –,
garantindo à parturiente o direito à presença de acompanhante no processo de
parto nos hospitais públicos ou conveniados com o Sistema Único de Saúde e dá
outras providencias. Muitas vezes, a mãe vai parir o filho, e não tem nem
alguém para ajudar. A gente sabe que, hoje em dia, a cesariana está muito
presente nos processos de parto; então, nesse sentido, nós queremos garantir
que a mãe - o termo técnico é parturiente - possa ter, na hora do parto, um
acompanhante. Acho que isso também é relevante, é importante; a gente quer
trazer para o debate desta Casa, por nossa iniciativa, essa garantia também.
Por fim, então, o nosso
terceiro projeto já tramita em 2ª Sessão de Pauta, inclui a efeméride Dia do
Chefe de Cozinha no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre. Hoje a gente sabe que a gastronomia se encontra num
ponto alto da Cidade, nós temos vários restaurantes, inclusive, que estão no tour ou, digamos assim, no indicativo de
turismo gastronômico de Porto Alegre, destacada a culinária do churrasco. O
chefe de cozinha está presente em hotéis, bares, restaurantes, é uma figura que
hoje tem um destaque, inclusive, na produção de alimentos no combate à
obesidade. Enfim, o chefe de cozinha é uma figura importante dentro de um
restaurante.
Eu fui procurado aqui
por várias entidades do setor de gastronomia que nos sugeriram incluir, então,
no calendário oficial do Município uma homenagem que a Cidade pudesse prestar
aos chefes de cozinha. A gente sabe que hoje existe uma gama enorme de geração
de emprego e renda, nós temos hoje, nos shopping
centers, praças de alimentação. Então, nesse sentido aqui queremos prestar
nossa homenagem, acho que é uma justa homenagem, é um pedido para que se possa
dar um destaque também para o chefe de cozinha.
Resumindo aqui, os três
projetos de nossa autoria que tramitam na Pauta desta nossa Sessão. Peço
escusas aos demais Vereadores com Projetos tramitando, me ative a fazer
comentários a respeito das nossas iniciativas; como eram três, não pude fazer
as minhas considerações a respeito das iniciativas dos colegas Vereadores, mas,
numa próxima oportunidade, tenho certeza de que o farei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para discutir a
Pauta.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr.
Presidente, colegas Vereadores, Vereadoras, quero comentar aqui um Projeto do
colega Ver. Bernardino Vendruscolo, que acho oportuno para o momento que
estamos vivendo: obriga a presença de guia de turismo em excursões de turismo
que se originem no Município de Porto Alegre ou que a esse se destinem,
bem com em passeios turísticos realizados em seu âmbito. Neste momento, Ver.
Bernardino, da Copa do Mundo em que estamos recebendo milhares de pessoas de
todas as regiões de diversas etnias do mundo. Este é o momento em que termos
que ter a postura de dispensar o mau humor daqueles que o têm em relação à Copa
do Mundo, dizer que a nossa Cidade tem a capacidade de receber esse grande
número de visitantes e dizer que um dos legados que a Copa do Mundo está
deixando para Poro Alegre é no campo do turismo e dos recepcionistas. Ver.
Janta, são milhares de trabalhadores que fizeram cursos de inglês, espanhol e
de outras línguas, como francês. Peguei um taxista esta semana que não sabia se
comunicar em inglês e que gora sabe. Isso é um legado que não é medido dentro
das mensurações econômicas que são ditas.
O Ver. Bernardino propõe
essa valorização dos guias de turismo. Esse é o momento de analisarmos isso,
até porque o turismo, chamado de indústria sem chaminé, tem um potencial
fantástico, o qual utilizamos muito acanhadamente, muito aquém do potencial que
tem, como por exemplo, a cultura do gaúcho. Nós temos, uma cultura fantástica
que é a cultura do Rio Grande do Sul; temos o bioma do pampa, com todas as suas
características bióticas do pampa gaúcho, que se estende por todo o Uruguai e
vai até a Argentina, desenvolvendo uma cultura própria. Essa cultura tem que
ser valorizada, tanto em Porto Alegre quanto no Rio Grande do Sul.
E, já que estamos
falando em Copa do Mundo, em turismo, nesse legado que é deixado pela Copa do
Mundo para Porto Alegre, quero dizer que os turistas que estão vindo do mundo
todo deixarão no Brasil R$ 30 bilhões na economia, inseridos. A Copa do Mundo
movimentou, neste momento, na economia, R$ 30 bilhões. Fato este que não
aconteceria se não existisse a Copa do Mundo no Brasil. Aí, muitos reclamam,
com razão, que nós não temos ainda os temas da segurança, da saúde; eu pergunto
o seguinte: quando foi feita a última Copa do Mundo no Brasil? Em 1950. Se nós
não resolvemos todos esses problemas em 64 anos, não vai ser numa semana que
vamos resolver!
Agora, na mobilidade
urbana são R$ 8 bilhões que estão sendo investidos nas cidades para a Copa do
Mundo. Tivemos o prazer de passar ali pela Av. Beira Rio, refeita, pela
reestruturação; ou pela Av. Tronco - serão 1.500 famílias reorganizadas com
casas novas. Aí tem o seguinte: a Copa do Mundo tem que servir parar revermos
os nossos processos de elaborar projetos, de tratar esses projetos, porque a
morosidade que temos na cultura brasileira de aprovar projetos, executar,
deixar tudo para a última hora, é claro que hoje é Copa do Mundo, mas amanhã se
houver Olimpíadas ou outro grande evento, nós estaremos sempre com esta
cultura. Temos que aproveitar esta oportunidade para também deixar um legado da
Copa do Mundo de rever os nossos procedimentos de gestão de projetos, de
elaboração, de execução, de analise, de fiscalização; fazer com que o dinheiro
público seja bem aplicado, que fique como resultado para a sociedade.
E aí, eu concluo dizendo
que eu tive a oportunidade de ontem à noite ir ao lançamento do livro do
Jornalista Leonid Streliaev, o Uda, que lançou um livro com o tema Copa do
Mundo: “Porto Alegre – Edição Especial Copa do Mundo”, para ser distribuído aos
jornalistas visitantes, de todo o mundo,
que vêm a Porto Alegre na Copa do Mundo. É um excelente livro, um excelente
cartão postal da nossa Cidade, e os nossos guias turísticos, Ver. Bernardino,
certamente, terão mais um instrumento para divulgarem positivamente a nossa
cidade de Porto Alegre. Temos problemas, colegas Vereadores? Temos, mas num
momento de afirmação da cultura brasileira, como este, vamos citar aqui aquele
velho ditado popular: “Roupa suja se lava em casa”. Vamos continuar debatendo
os nossos problemas, mas temos que receber muito bem os visitantes, as várias
etnias que vêm da África, da Europa, da América Central, da Oceania, os nossos
vizinhos latino-americanos e dizer: sejam bem-vindos, pois somos da paz. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Delegado Cleiton
assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver. Comassetto. O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr.
Presidente, Ver. Delegado Cleiton; Ver. Bernardino Vendruscolo; Ver. Kevin
Krieger e Ver. Engº Comassetto; estamos nesta 006ª Sessão Extraordinária, que
esta Casa faz em função de não termos expedientes nas duas próximas
quartas-feiras, quando teremos, em Porto Alegre, o jogo da Austrália e Holanda
e o jogo da Nigéria e Argentina. Também, na segunda-feira, dia 30 de junho,
teremos aqui na nossa Cidade um jogo das oitavas de final.
Temos aqui a
presença de cinco Vereadores desta Casa e eu venho aqui para discutir, com
certeza, sobre a Copa do Mundo, que deixará alguns legados em Porto Alegre e no
País, mas deixará ainda muitas questões a serem discutidas. Esta Casa também
deixará um legado de não discutir alguns temas importantes, um desses é o PLL
nº 110/14, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo. Esta Cidade não vai ter,
eu acredito, nos próximos 20 anos, um movimento turístico tão grande como o de
agora. E esse projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo deveria ter sido apreciado
em uma Reunião Conjunta das Comissões, nesta Casa, para que houvesse tempo de
ser votado, assim como o nosso projeto que decreta feriado em Porto Alegre nos
dias desses três jogos, principalmente nos dois primeiros jogos, que serão
realizados às 13h na nossa Cidade, em um horário de difícil acesso. Hoje nós
vimos, de manhã, vários colegas Vereadores chegarem atrasados em função do
trânsito de Porto Alegre. Nós deveríamos ter iniciado a Sessão às 9h30min, mas
a iniciamos quase às 10h, em função da dificuldade de as pessoas chegarem aos
seus trabalhos. Imaginem, nos dias 18 e 25, qual será a dificuldade das pessoas
chegarem aos seus locais de trabalho. Não é à toa que o nosso projeto tem o
apoio de diversas entidades, órgãos e instituições, que entendem que será um
dia “morto” nesta Capital, em que as pessoas terão que se deslocar de suas
casas até o local de trabalho, e, depois, a exemplo dos funcionários, serão
liberadas às 11h. Então, essa é uma forma desumana de tratarmos as pessoas da
nossa Cidade. Assim como o PLL nº 110/14, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que obriga a presença de guia de turismo em ônibus de excursões de
turismo no Município de Porto Alegre, bem como em passeios turísticos
realizados em seu âmbito, e dá outras providências. Isso é de extrema
importância, Ver. Engº Comassetto, para mostrar às pessoas o que realmente tem
a nossa Cidade, além dos dois estádios, além da Usina do Gasômetro, mostrar a
Zona Rural da nossa Cidade. Nenhuma cidade, neste País, tem o que nós temos,
dentro da Cidade, pode-se dizer, uma área rural, uma área em que se produz
pêssego, morango, onde se cria gado, com atividades rurais, como a nossa Cidade
tem. Além disso, mostrar as belezas da nossa Cidade, como os morros, o povo.
Então, eu acho que esse é um projeto que a nossa Casa não vai votar até a Copa
do Mundo, assim como o projeto dos feriados, o PLL nº 110/14, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que possibilitaria às pessoas que visitam a nossa
Cidade terem o acompanhamento de um guia turístico. Isso geraria renda para
essas pessoas, geraria a possibilidade de essas pessoas ingressarem no mercado
de trabalho, ingressarem na maior indústria do mundo – a menos poluente e a que
mais gera empregos –, e esperamos que a nossa Cidade venha a explorar sempre o
turismo.
Muito obrigado, Sr.
Presidente e Vereadores que aqui estão presentes ainda, como o Delegado
Cleiton, Bernardino Vendruscolo, Kevin Krieger e Comassetto, e funcionários
desta Casa. Que Deus abençoe e ilumine a todos nós. Com força e fé, nós vamos
melhorar a vida das pessoas.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. O Ver. Bernardino Vendruscolo
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Vereador Delegado Cleiton, senhoras e senhores que nos
assistem, quero, primeiro, agradecer aos Vereadores Engº Comassetto, Clàudio
Janta e aos demais que apoiam o projeto. Eu gostaria de registrar também que
essa demanda nos chegou no ano passado ou retrasado. Nós fizemos uma reunião
aqui na Casa – na Presidência –, na época, com representantes da Frente
Parlamentar do Turismo, ou coisa assim, e essa sugestão foi encaminhada ao
Executivo, para que viesse lá do Executivo. Não há dúvida de que precisamos
valorizar esse trabalho, essa profissão de guia de turismo. Não há dúvida
disso! Então, Vereadores Engº Comassetto e Clàudio Janta, eu agradeço o apoio,
V. Exas. muito bem colocaram aqui. Nós acabamos protocolando o projeto porque
fomos pegos de surpresa, há alguns meses, quando esse grupo que lidera esse
movimento de oficialização dessa profissão nos procurou, pela segunda ou
terceira vez, dizendo: “Olha, Vereador, não foi feito nada.” Por isso esse
projeto que obriga a presença de guia de turismo em excursões de turismo que se
originem no Município de Porto Alegre ou que a esse se destinem, bem
com em passeios turísticos realizados em seu âmbito, e dá outras providências.
Traz todo um regramento aqui. E o que estamos vendo hoje? Na entrada da Cidade,
é muito comum observarmos algumas pessoas levantando a mão, principalmente
quando vêm pessoas de outros países, se colocando à disposição. Mas nós não
somos sabedores se essas pessoas têm registro em algum órgão público, que,
evidente, é autorizado a regulamentar e
fiscalizar este trabalho. Então, quero agradecer e dizer da importância, sim,
de nós podermos contar com esses profissionais na Cidade, não só neste período
da Copa, que tanto se fala, mas estamos numa Capital, que sempre disse e digo,
é a Capital internacional dos gaúchos. Aqui dá para falar de turismo em
diversos segmentos.
Eu quero aproveitar este
momento, Ver. Comassetto, V. Exa. que mora na Zona Sul, no Extremo-Sul, para
dizer que poucos porto-alegrenses conhecem a Zona Sul de Porto Alegre. Então,
também precisamos incentivar esses passeios, não só para os visitantes, mas
também para os porto-alegrenses. Duvido um porto-alegrense que, passando a
conhecer a Zona Sul de Porto Alegre, não mude a sua opinião sobre a Cidade.
Imaginem olhar a Cidade lá de Itapuã, lá de onde V. Exa. visitou no passado,
Ver. Clàudio Janta, aquela obra, que ainda está lá, que hoje pertence ao
Município de Guaíba. Poucas pessoas tiveram oportunidade, até hoje, de observar
Porto Alegre lá de Guaíba, por exemplo.
Porto Alegre é uma
cidade maravilhosa, mas, infelizmente, os próprios porto-alegrenses não a
conhecem, e esta proposta de criar a obrigatoriedade da presença de guias de
turismo em excursões tem como objetivo facilitar que esses profissionais
acompanhem as excursões. Obrigado, Vereador-Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. KEVIN KRIEGER: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, bom dia. Queria agradecer ao
Ver. Delegado Cleiton, que está presidindo a Sessão, ao Ver. Clàudio Janta, ao
Ver. Bernardino e ao Ver. Comassetto. Estou muito feliz, porque, no ano
passado, em 2013, entreguei, como Presidente da Fundação e Secretário do
Município, o PLE nº 041/13, que faz a
reestruturação de todos os cargos de confiança e de provimento efetivo da FASC,
transformando e regulamentando o sistema único da assistência social na cidade
de Porto Alegre. O Ver. Janta está ali procurando o projeto, é um dos últimos
projetos, se não me engano é o vigésimo da pauta. Ver. Janta, este é um projeto
muito importante para a cidade de Porto Alegre e é do interesse de V. Exa., que
é um dos Vereadores desta Casa que trabalha muito na periferia da Cidade, pois,
sem dúvida alguma este projeto vai beneficiar as pessoas que mais precisam dos
serviços públicos da assistência social.
Hoje, para os senhores
terem uma ideia, os antigos centros comunitários, Ver. Delegado Cleiton, da
antiga FESC e FASC, hoje são Centros de Referência de Assistência Social.
Antigamente, tínhamos 21 centros desses antigos, hoje temos 22 CRAS, que são
Centros de Referência de Assistência Social, e, ao mesmo tempo, implantamos
nove centros de referência especializados de assistência social. Ou seja, nós
saímos de 21 equipamentos para 31 equipamentos que atendem às comunidades da
periferia da nossa Cidade, além de atender aos beneficiários do Bolsa Família.
São as técnicas, assistentes sociais, psicólogas, educadores, pedagogos que
fazem e desenvolvem o trabalho de acolhimento institucional de crianças e
adolescentes que sofreram qualquer tipo de violação dos seus direitos humanos.
Outra grande questão é
que são poucos os projetos que diminuem o número de cargos de confiança. Este
projeto diminui de 47 para 43 os cargos de confiança, na Fundação de
Assistência Social e Cidadania. E também, além de diminuir o número de cargos
em comissão, coloca-os em muito mais espaços de assessoria do que de
coordenação de equipamentos. Porque com a transformação que nós fizemos, do
sistema único da assistência social, hoje está efetivo na Cidade, mas ainda
falta este projeto de lei para regulamentar, de forma definitiva, através de
lei; eles estão, sem dúvida nenhuma, com um projeto que hoje está sendo
executado de fato, mas não por lei.
E essa lei é muito
importante, Ver. Janta, para que as pessoas que venham a substituir no
Executivo Municipal não troquem de ideia, porque todos os coordenadores dos
CRAS, dos CREAS, dos abrigos residenciais, dos albergues, dos abrigos que hoje
compõem a estrutura da FASC são de servidores públicos e não mais de cargos de
confiança. Só que nós temos que deixar, Ver. Delegado Cleiton, isso
regulamentado em lei. Para finalizar, então, sem dúvida nenhuma, nós vamos
precisar do apoio dos Vereadores desta Casa, para que possamos melhorar os
serviços da assistência social na cidade de Porto Alegre.
E eu, Ver. Delegado
Cleiton, que ouvi as suas manifestações ao longo dessa semana em relação ao
viaduto Abdias Nascimento, quero lhe dizer que não tinha escutado a fala
daquele jornalista em relação ao que tu colocaste da tribuna, mas quero dizer
que tens todo o meu apoio, tens toda a nossa consideração. E falo também pelo
Partido Progressista, pela presidência que eu exerço hoje no PP em Porto
Alegre. Conte conosco nessa luta para que o viaduto Abdias Nascimento continue
com esse nome, e não se faça a homenagem, justa, ao Fernandão.
Eu acredito que nós
podemos pegar aquela primeira rua, que é a Rua A, e fazer essa homenagem, justa
também, ao ídolo Fernandão, que, além de ídolo do Internacional, era ídolo do
Brasil, ídolo dos gaúchos, porque, realmente, era um cidadão de bem, um cidadão
que faz muito falta para nós. Agora, sem dúvida nenhuma, o Abdias Nascimento
também é um reconhecimento histórico, e pode contar com a nossa Bancada, do
Partido Progressista, em relação a esses encaminhamentos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Ver. Kevin Krieger, agradeço pela sua manifestação. Com a
presença dos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Kevin Krieger, Clàudio Janta, e
este Vereador, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às
12h16min.)
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